Bem Vindos - Welcome - Bienvenido - Benvenuto - Bienvenue - Willkommen

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Não esperem desta pobre mortal "desconstruções" ou "comidas moleculares". Esperem uma boa prosa, bons "causos" e umas comidinhas saídas do fundo do coração. Sinta-se em casa e divirta-se! Estou aqui para você e por você!

sexta-feira, 4 de dezembro de 2009

Máquina de trabalhar!


Amigos gourmands,

Minha chefe não pára um minuto! Além de tudo o que ela já faz, ainda arruma tempo para dar entrevistas!

Confiram:

“Sabor, fusão, criatividade, elegância”, é dessa forma que a chef Adelaide Engler define a sua cozinha. Mulher multifuncional, a chef também é jornalista e economista. Antes de criar raízes em Belo Horizonte, passou por países como França, Inglaterra, Itália, Espanha e Estados Unidos. Com essa bagagem, adquiriu experiências e conviveu com distintas culturas, o que contribui para que sua cozinha tivesse uma base mundial de técnicas e paladares. Adelaide revela ainda, em primeira mão, projetos que participa na área. Uma cozinha de muitos sabores, forte fusão, criatividade explosiva e elegância sem tamanho. Confira a entrevista que o Gourmet Virtual realizou com Adelaide Engler.

GV -Quais projetos está envolvida atualmente?
Hoje estou apresentando um programa de turismo com foco na gastronomia no Discovery Travel and Living - Brasil Sensacional. Estou viajando pelos estados brasileiros e visitando os melhores restaurantes, chefs, mercados e, também, resorts de luxo e pontos charmosos de atração turística. Vou começar um trabalho com o Senac - MG relacionado com a Copa do Mundo, com cursos e treinamentos que são oferecidos na Instituição. Além disso, estou montando um curso de MBA para gastronomia no SENAC BH, que deve ser lançado em 2010, o primeiro em Minas Gerais e um dos poucos no país. Também trabalho em um Tecnólogo em Gastronomia - para o SENAC BH e Barbacena. E há também novos projetos de televisão, mas que estão em andamento.

GV – Como vê a importância da gastronomia em uma sociedade?
A gastronomia é a chave da cultura, através do estudo da alimentação de cada povo, podemos descobrir suas origens, seu solo, seu clima, seus hábitos, sua personalidade, ou seja, tudo!

GV - Você tem uma ampla formação, passando por diferentes países e culturas. Qual reflexo disso em sua forma de entender e praticar a gastronomia?
A influência é enorme e muito positiva. Posso utilizar as técnicas que conheço do mundo inteiro para criar pratos diferentes com os nossos ingredientes. Como também apresentar novidades para pessoas que gostariam de conhecer o mundo, mas que não tiveram a mesma oportunidade que tive. Dessa forma, é possível provar pratos de todos os lugares. O conhecimento sempre abre portas e expande a imaginação, ajudando o chef a criar mais e fazer misturas exóticas e saborosas.

GV - Como entender a evolução da gastronomia?
Houve um boom gastronômico em todo o mundo nos últimos 10 anos. Durante séculos, a alta gastronomia no Ocidente se restringia à Europa, mais especificamente França e Itália. Hoje, todos os países do Ocidente valorizam seus ingredientes, sua história gastronômica. Possuem revistas e programas de TV especializados, escolas de cozinha, chefs jovens que viajam e criam novos pratos com os insumos locais, etc. A moda hoje é a cozinha de Ferran Adrià com espumas, temperaturas e texturas diferentes, novas técnicas que combinam química à cozinha. Há certo exagero, mas como toda novidade brilhante, tem muito valor. No futuro, haverá naturalmente uma seleção dentro do que ele criou. Algumas técnicas que produzem algo com sabor e textura maravilhosos ficarão, outras de difícil execução e resultado mediano serão esquecidas.

GV – Sobre os futuros chefs, estão se preparando adequadamente?
Estamos em um momento de transição, os restaurantes no Brasil começaram a ter chefs/proprietários e, não apenas, cozinheiros como antigamente. Diversos cursos de gastronomia foram abertos e os brasileiros começaram a estudar a arte de cozinhar. Contudo, não temos, ainda, uma personalidade formada. Existe muita purpurina no setor gastronômico, ou seja, há muita gente começando devido aos holofotes, mas como é um trabalho que exige extrema dedicação, muitos desistem antes mesmo de se formar. Leva um tempo para formatar uma geração de chefs experientes, que dê uma nova cara a nossa cozinha. Quando acontecer, vamos ter a cozinha tradicional, com muito sabor e valor, bem como a cozinha moderna brasileira. Estamos em processo de desenvolvimento.

GV - Como gastrônoma e jornalista, fale um pouco sobre essa relação de mídia e gastronomia.
A relação é ótima, através da mídia os consumidores estão se educando, valorizando e comprando novos ingredientes e frequentando diferentes restaurantes. No meu caso, é perfeito, pois adoro gastronomia e sempre consumi desde criança turismo e alta gastronomia. Então, tenho um conhecimento muito abrangente, pois já vivi em muitos países e sempre estive de olho, mesmo quando trabalhava com economia - escrevi o Guia Gourmet de Nova York quando trabalhava no mercado financeiro. Como crítica, sempre fui muito consistente, pois uma vez chef, sei avaliar muito bem um prato e um serviço.

GV -O que te emociona na cozinha?
Sabores deliciosos e consistências preparadas impecavelmente com dedicação e alto grau de dificuldade de execução.

GV - Para finalizar, o que Adelaide gosta de comer?
Meus favoritos são: pato de Pequim, peixe fresco na beira mar, costelinha de porco, foie gras grelhado, curry tailandês e chuchu refogado com alho."

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